quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O BRILHANTISMO DE OSCAR WILDE





            Esses dias resolvi retomar meus estudos da língua inglesa e nada melhor para começar do que uma edição bilíngue do magistral Retrato de Dorian Gray. No texto Wilde registra a corrupção de um sociedade, de uma personalidade do ser humano, conjunto de elementos complexos como os formadores do universo, onde os deuses abrem as portas e somos obrigados a percorrer caminhos sinuosos para fazer as nossas escolhas que são inerentes a nossa vida.


            Não sabemos qual a linha tênue que separa uma armadilha dos deuses, ou a fraqueza de nossa própria natureza. Vivemos em uma sociedade onde as máscaras da tragédia e da comédia são um parâmetro para o vislumbre da ambiguidade em que se encontra o ser humano, pensamos que sabemos tudo, mas nas palavras do próprio Wilde só não aprendemos o que vale a pena saber.


            O livro mostra que o palco em que nos encontramos já se encontra iluminado para o maior de todos os espetáculos, a vida. O que é a arte senão aquilo que a vida tenta ser e não consegue. O que é explicitado é a verdade por traz do manto, em que no jovem Dorian Gray encontra-se em um forte veneno que mata e corrói, configurando-se este como um personagem arquétipo do mal.


            Dorian é o retrato exacerbado de um hedonista, que na verdade somos em maior ou menor escala todos nós. Ele é dual assim como nós, assim como a fina linha que separa a sanidade da loucura. Dessa forma,  podemos dizer que cada um de modo bem particular tem dentro de si o céu e o inferno e é essa a mensagem que o livro nos transmite. 

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