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domingo, 23 de março de 2014

A POP ARTE DE ANDY WARHOL


            Andy Warhol é considerado um dos maiores artistas do século XX, sua obra sofreu influência de diversas fontes, incluindo o cinema, o jornalismo e até mesmo os detritos urbanos. Mas foi nas massas que ele encontrou mais inspiração. Fotos de artistas de cinema, de cantores de rock, de celebridades, latas de sopa, notas de dólar tudo poderia ser transformado em obra de arte.


            Através da linguagem utilizada em sua obra Warhol buscava comunicar suas ideias, seu fascínio pela comunicação de massa, seu ceticismo, sua ironia, sua visão democrática. Sua obra cultuava o objeto e se distanciava do mundo abstrato e se aproximava do caminho para a vertente pop. Pop se tornou o nome de um novo movimento quando o museu de Arte Moderna de Nova Iorque promoveu o seminário Symposium on Pop Art, que incluía entre os seus participantes nomes como Duchamp e Warhol.


            O que notadamente me interessa na obra de Warhol é que ela reflete a temporalidade da vida e dos objetos, mostrando o universo cotidiano como um conjunto de coisas a ser transformado em arte. Antes de sua obra ninguém poderia considerar uma lata de sopa como uma obra de arte, mas esse conceito foi transformado fazendo com que a arte e a vida se transformassem numa coisa só. Andy Warhol não era afeto a rótulos e repudiava a noção de invenção artística. Sua atitude é de alguém que negava a originalidade e a singularidade da arte, criando pinturas e esculturas virtualmente idênticas, chamava seu estúdio de fábrica.


Morte, vida, fama, publicidade, cinema, lixo, cultura urbana, cultura de massa, objetos do cotidiano. Todos esses elementos se unem para formar a linguagem artística de Andy Warhol. Através dessa linguagem, ele parece querer comunicar suas ideias. Warhol valoriza o simulacro em detrimento da obra de arte. Suas obras permanecem até hoje como um manifesto irônico a favor da democratização da arte, da fama e da ressignificação da morte.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A ARTE DOS PADRÕES SIMÉTRICOS E ASSIMÉTRICOS




            Naturalmente temos uma tendência para a simetria, consideramos que tudo deve está ordenado, harmônico, alinhado. Nas artes essa tendência foi por muito tempo majoritária e acredito que ainda o é entre a média das pessoas. Na Grécia Antiga, o artista se preocupava com a reprodução da realidade voltada para a perfeição das formas.



            Nas obras de arte daquele período não há corpo humano que seja tão simétrico. A cópia meticulosa da aparência passava por um processo de embelezamento e era comum se omitir qualquer imperfeição. Essa simetria influenciou os conceitos de beleza da sociedade ocidental que associa o belo as noções de gosto, equilíbrio, harmonia e perfeição.


            No século XX essa noção de simetria foi contestada por muitos artistas e o assim assimétrico se destacou, a própria noção do que seja arte foi contestada e foram incluídos materiais e técnicas antes jamais pensadas. Marcel Duchamp (1887-1968), artista francês criou o termo ready made para classificar a utilização de um ou mais artigos de uso cotidiano, selecionados sem ritérios estéticos e expostos como arte em lugares especializados como museus e galerias.


            Outro exemplo de rompimento foi a pop art surgido na Inglaterra nos anos 1950 e muito usando nos Estados Unidos na década de 1960 também usava objetos comuns como garrafas e tampinhas e tinha o objetivo de criticar o consumismo, Andy Warhol (EUA 1928-1987), apresentava personalidades públicas e produtos relacionados ao consumismo do povo norte americano como refrigerantes e latas de sopa.


            A arte simétrica passa a conviver com o assimétrico. Para mim, arte é a transformação simbólica do mundo  que nasce da cabeça do artista, onde é influenciado pela sua cultura que transforma sua visão de mundo, daí a modernidade foi capaz de criar beleza para o assimétrico.