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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A MODERNIDADE DE CARTIER BRESSON



            A fotografia em seus primórdios era um acontecimento social, pessoas ilustres como o Imperador D. Pedro II, se fascinavam com a nova invenção moderna, mas era um momento em que se vestiam as melhores roupas e se pousava solene para o registro daquele momento específico, geralmente em ambientes fechados.



            Conheci o trabalho de Henri Cartier Bresson, fotógrafo francês nascido em 1908 e morto aos 95 anos, através de um informativo e fiquei intrigada com o seu estilo que me transportava com precisão para o momento do acontecimento da cena, procurando conhecer mais sobre o assunto, descobri que trata-se de um modernista na melhor acepção da palavra, alguém que não segue um método rígido de condutas.



            O seu trabalho era feito com uma câmara fotográfica Leica na mão sem tripé, era uma forma de não ser percebido. Acreditava que fotografia não é algo capaz de ser aprendido, mas é preciso sentir a cena e ver o momento certo de apertar o disparador do equipamento. O seu mundo era a rua, o tempo, as pessoas comuns longe de formalismos ou institucionalizações.



            Era um artista e acreditava que o visor da máquina fotográfica era capaz de desnudar a pessoa, vê a sua essência. Sua influência na fotografia mundial é imensurável, com a ideia de que a foto é aquilo que você ver num exato momento em que nosso instinto está preparado para captar. Mas para isso é preciso está na rua, onde as coisas acontecem.


            Suas fotos retratavam a vida em sua acepção mais realista, com tipos comuns e muitas vezes com um cunho social que chegava a chocar setores do meio na Europa. Para mim fica a lição que é preciso entender a técnica, mas a criatividade, a sensibilização do olhar, o aprender ver a cena é o que torna fascinante o mundo da fotografia.