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sexta-feira, 14 de junho de 2013

PENSANDO A COMPAIXÃO HUMANA





       Ao que parece a compaixão é a mais humana das virtudes responsável por definir aquilo que nos humaniza, que nos tornam seres melhores mais próximos dos nossos semelhantes. A compaixão nos abre ao outro com a possiblidade do amor dolorido, com a possibilidade de se solidarizar e compartilhar a dor que é estranha a nós.  


            No exercício da compaixão alguns elementos estão implicados como o assumir a paixão do outro,  está ao seu lado e sofrer com ele. O interessante é que nenhuma ciência social nem biológica tem uma explicação plausível para mensurar porque um homem é capaz de socorrer uma criança que chora, arriscado sua própria vida para salva-la. Essa falta de explicação supera a expressão de racionalidade que todo ser humano carrega consigo.


            A compaixão é um mistério que o ser humano tem de melhor, acredito que é fruto do amor que ele traz no coração, algumas qualidades são essenciais para a paz de espírito e é a atitude humana de afeição e compaixão que nos leva a nos interessar pelo outro, pautada principalmente no respeito e no limite do desprendimento a situação do outro.


  A efetivação da prática da compaixão baseia-se no reconhecimento de que o direito dos outros à felicidade pode e deve ser idêntico ao direito à nossa felicidade. Tenho sentido esse sentimento de compaixão depois que fiquei doente, entre parentes, amigos novos e antigos da parte de pessoas de  quem nem esperava tal atitude e acredito que a natureza humana pode ser gentil e compassiva. Compaixão, responsabilidade e solidariedade são valores fundamentais para salvarmos o mundo e as nossas vidas do cinismo, da indiferença e da desumanização tão comuns de nossa era.


            Mesmo que a nossa vida e o mundo não se transforme com a velocidade de nossas ações, é sempre possível transformar a nossa própria vida contribuíndo com a melhoria da vida do outro. 

domingo, 4 de novembro de 2012

A HORA DE DESACELERAR



            Tenho a impressão que vivemos o tempo todo em ritmo frenético, conheço pessoas que trabalham doze horas por dia e se consideram bem sucedidas, porque acreditam ser necessário viver desse jeito em sua grande maioria para manter o alto custo de consumo que tem as suas vidas, isso é o homem contemporâneo.


            O filósofo Nietsche dizia que aquele que não tem dois terços do dia só para si é escravo, não importando o que seja: estadista, comerciante, funcionário ou erudito. Vivemos um processo de histeria coletiva pelo correr das horas, onde as pessoas dizem que as 24 horas do dia não são suficientes para a resolução dos seus afazeres.


            O trabalho invadiu de uma forma desordenada a vida pessoal, a ânsia das pessoas para viverem de acordo com os padrões da contemporaneidade em especial os padrões de consumo, torna o ter coisas, mais importante do que ser alguém que valoriza momentos simples como o olhar nos olhos de quem fala, valorizar o por do sol, ou está ao lado de alguém que precisa de ajuda.


Comungo do pensamento de Aristóteles que acredita que a meta é a busca do equilíbrio, sem excessos de atividades que levariam a desgastes, nem excessos de descanso que pode chegar a estagnação. Para mim aproveitar bem o tempo é se conhecer cada vez mais, e buscar a paz interior. Por fim tenho um questionamento que ecoa em minha cabeça: para que correr tanto se a vida é um bem tão raro?