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domingo, 22 de junho de 2014

ÉDOUARD MONET PIONEIRO DAS ARTES MODERNAS


            Observando a obra do francês Édouard Monet  especialmente o quadro Piquenique no Bosque podemos ver uma distinta moça nua ao lado de dois rapazes. A obra traduz revolução tendo sido grande novidade do Salão dos rejeitados que reuniu pintores que não participaram do Salão de Belas Artes de 1863. A exposição reuniu grandes pintores daquele ano e contou com a participação do imperador Napoleão III que tratou a obra como atentado ao pudor.



            Na segunda metade do século XIX o nu não era novidade na pintura. A radicalidade de Manet foi colocar uma mulher de verdade sem roupa no quadro. Antes mulheres nuas eram deusas, semideusas ou obras que remetiam ao classicismo grego. A negação das convenções e sua busca por retratar uma nova liberdade para tratar de temas convencionais, talvez possa ser considerado como o ponto de partida da arte moderna.

domingo, 2 de março de 2014

PARA OSWALD DE ANDRADE


José Oswald de Sousa Andrade ou simplesmente Oswald de Andrade nasceu em São Paulo no dia 11 de janeiro de 1890. Na época do seu nascimento São Paulo tinha apenas 65 mil habitantes, ele era um visionário que adorava sua cidade. Em 1920 ele dizia que São Paulo era o futuro e que não poderia parar. Ele vai pagar caro por sua verve, inteligência e ousadia e começa a ser esquecido ainda vivo.



Oswald de Andrade foi um dos promotores da Semana de Arte Moderna que ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo em 1922 com reunião de artistas e intelectuais em apresentações, conferências, leitura de poemas, dança e música. Oswald falava basicamente de São Paulo o que pode ser visto em suas obras como João Miramar, Serafim Ponte Preta ou Paulicéia Desvairada, essas obras retratam o progresso, a atualização e a vida urbana na Cidade é o início do ufanismo paulista.



Acho interessante o personagem Oswald de Andrade, porque foi uma pessoa extremamente revolucionária que teve uma vida sentimental bastante movimentada  com grandes histórias tendo sido casado com a pintora Tarsila do Amaral e a ativista política Patricia Galvão. Ele era um homem rico que vivia uma vida de glamour não somente no Brasil, mas também em Paris. Era um grande provocador uma pessoa que não tinha medo de escandalizar.




Só a antropofagia nos une, somos todos antropófagos. Considero o Manifesto Antropófago a sua melhor produção nessa tendência mais ousada do movimento modernista do final da década de 1920. Ao todo ele escreveu onze livros, seis peças de teatro e sete manifestos. Teve quatro filhos com três mulheres diferentes. O Movimento Modernista, esquecido durante os anos 1940 e 5o só foi revitalizado com a tropicália dos anos 1960 que resgatava a proposta antropofágica de digerir a cultura estrangeira dominante e regurgitá-la após ser mesclada com a cultura popular e a identidade nacional. Vivas a cultura nacional e a grandeza de Oswald de Andrade. 

domingo, 5 de janeiro de 2014

FOTOGRAFIA DE MODA



A moda é algo mais do que simplesmente vestir nus, Bourdieu o pensador francês, entendia como uma forma de distinção ou afirmação dos grupos dominantes incluindo entre estes, o consumo de moda. A moda é o gosto pelo novo e pela mudança, com caráter de subjetividade própria do sistema capitalista, a tempos deixou de representar apenas frivolidades, estudos acadêmicos a consideram como nova forma de pensar e agir. A parte que mais me interessa é a fotografia de moda, notadamente, aquela produzida no período do pós Guerra.



No pós Guerra uma nova geração de fotógrafos baseados em Nova York, ajudaram com fotografias como Dovima com Elefantes, a reerguer as casas de alta costura francesas. Em 1947, após anos de escassez de tecidos, o estilista Christian Dior apresentou sua primeira coleção em Paris. Seus modelos anunciaram o renascimento da feminilidade, caracterizado por quadris salientes, cinturas bem apertadas e saias cheias e longas.



O tom pastel dominava as revistas da época, publicações como Harper’s Baazar nos anos, 1940 e 50, introduziram pela primeira vez, a luz natural, locações exóticas e ao ar livre. Onde é possível ver fotos como da modelo Natalie Paine fotografada na Tunísia maio verde escuro e lábios e unhas de vermelho vivo, a foto simboliza o estilo de vida da mulher americana moderna como uma confiante turista internacional.





Em fins dos anos 1950, a alta costura estava em decadência e o eixo central do mundo da moda encontrava-se mais uma vez em transição. Em um período de evoluções sociais drásticas, Londres se tornou o epicentro criativo para jovens estilistas e fotógrafos de moda. Os principais jornais traziam um número cada vez maior de fotografias de moda, a medida que roupas sofisticadas, porém acessíveis e produzidas em série, ficavam ao alcance do público geral.



As revistas Vogue e Harper’s Baazar, foram os meios mais notáveis de consolidação da fotografia de moda. Essas publicações visavam as mulheres ricas bem como quem aspirava uma vida de luxo. A produção da fotografia de moda sempre foi um elemento criativo entre fotógrafos, modelos, diretores de arte, editores, assistentes fotográficos, retocadores.



A fotografia de moda sempre se inspirou na cultura da época e foi moldada por ela, observando um percurso histórico do pós Guerra a atualidade, percebe-se que antes de apresentar produtos com clara intenção comercial, o que pode se ver é um registro cativante das mudanças drásticas vividas pela mulher na sociedade.