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quarta-feira, 19 de junho de 2013

SOMOS AQUILO QUE ESCOLHEMOS





Passamos a vida escolhendo essencialmente tudo. Nesse instante milhares de pessoas estão dizendo sim para a vida e para as decisões que viver acarreta, alguns estão pensando em mudanças, em recomeços, em desistências, qualquer que seja a decisão, uma coisa é certa esses apontamentos levam a marcha da nossa existência.


No ato de escolher está implicado o arrependimento, as escolhas devem ser feitas com vistas a não nos arrependermos depois, para somente assim ser possível viver a vida com plenitude. No ato de escolhermos necessitamos de um referencial que nos indique para onde estamos indo na trajetória da vida, esse referencial pode ter como base a fé, os acontecimentos sociais, ou a força inconsciente que move as escolhas da vida de cada ser humano.


Penso que toda escolha inclui necessariamente uma perda, perde-se de um lado mais ganha-se de outro e é por isso que a vida é tão fascinante, e com base nesse pressuposto não podemos lamentar a perda sem considerar o ganho que não pode ser imediato, nem aparente mas que depois pode vim muito maior. As escolhas que faremos durante a vida podem acarretar mas experiências que considero necessárias se admitidas plenamente e saboreadas em seu gosto amargo que nos ensina a viver.


O importante para não nos arrependermos de nossas escolhas é que não podemos julgar uma decisão do passado com vistas a nossa visão de mundo no presente. O que foi decidido era com vistas naquela ocasião, se todos nos tivéssemos o olhar que temos hoje das rotas do passado seria possível que não causássemos tantos desvios, mas não podemos nos desviar do passado, o que foi feito acarretará consequências para o resto de nossas vidas.

Entendo que viver é fazer escolhas e algumas delas implica em se desprender de prazeres imediatos, o que pode se abrir mão de controle, perfeição, sociabilidade, é preciso saber sobreviver aos amores e as perdas, pesar os prós, os contras de todas as coisas aceita-las e não se arrepender das escolhas feitas, afinal faz parte das manifestações da vida.



quinta-feira, 6 de junho de 2013

OS CABELOS ATRAVÉS DA HISTÓRIA





A história do homem é também a história dos cabelos e a relação que estes formam para a personalidade e a identidade corporal do indivíduo. A cabeleira tem sido sustentáculo de poder, de força e de sedução. Na Grécia Antiga cortar e oferecer os cabelos era um sinal de sacrifício aos deuses. Desde os indígenas até a Segunda Guerra Mundial a cabeleira dos  vencidos sempre foi exibida como troféu. Na França de Luiz XV o uso de perucas era a expressão da situação social e do poder.


Para  a mulher os cabelos são a grande expressão da feminilidade, beleza e sedução. O corte de cabelo como punição as mulheres existe desde os tempos bíblicos até a Idade Média, passando pelo século XX. Na França após a ocupação nazista cerca de vinte mil mulheres francesas tiveram a cabeça raspada simplesmente por terem dormido ou serem simpatizantes dos alemães.


As lendas em relação e a realidade em relação aos cabelos femininos fazem parte do imaginário coletivo da humanidade, para mim as mais expressivas são Lady Godiva, aristocrata anglo-saxônica que teria andando nua, coberta com os cabelos como punição aos impostos cobrados por seu marido. Uma outra imagem que para mim é recorrente é a da alemã Olga Benário de cabeça raspada entregue aos nazistas pelo governo de Getúlio Vargas. Não é exagero dizer que o cabelo e o uso deste é a expressão da mulher com o seu mundo exterior, não é exagero ouvir a máxima antes de me apaixonar por ela gostei dos seus cabelos.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

DECISÕES DEFINITIVAS





            Aprendi nas Ciências Sociais que o homem é um ser gregário por natureza, ou seja, é preciso está junto para se fortalecer, o grupo social é mais forte do que o indivíduo isolado, sozinho, é a velha máxima “juntos somos mais fortes”. Com os grupos sociais se criam os mitos, os hábitos, os costumes, dentre eles um evento curioso é a negação da finitude da vida. Nos mais diversos grupos sociais se discute que a vida não se encerra meramente com a extinção da vida física, acredita-se na existência de um mundo metafísico capaz de prolongar a vida com todos os seus ônus e bônus.


            Mas como agir na vida quando nos deparamos com situações que trazem a iminência de sua finitude como uma doença séria? Foi nisso que pensei quando recebi o diagnóstico de câncer, e a vida como fica? Fora os avanços da ciência que dão uma margem de esperança considerável algumas atitudes devem ser pensadas, não se devem esperar resultados, mas fazer as respostas. Temos dificuldade de pensar na ideia da morte, negamos nosso fim a todo momento.



            A perspectiva do fim mobiliza o apego e o desejo de usufruir intensamente a benesses da vida. Uma coisa que aprendi sobre o fim é que esquecemos que tudo está se modificando continuamente, a cada minuto as células do nosso corpo se transformam, mudam, morrem. O que os mitos fazem é criar a ilusão de que nada muda, isso se dá através do trabalho, do estado civil, da vida amorosa.



            O inevitável porém, são as mudanças, temos que nos despedir de cada imagem que criamos, e da própria ideia que fazemos de nos mesmos, entendi que a cereja do bolo de minha vida é formada pelas pequenas coisas como acordar fisicamente bem, ouvir música, escrever, ler ouvir pessoas, é das pequenas coisas que a vida é feita e é por isso que vale tanto viver.