domingo, 11 de agosto de 2013

OS ANOS 1920: A DÉCADA DAS INVENÇÕES





Os anos 1920 me fascinam de sobremaneira por ser o período em que considero como de rompimento com os hábitos e costumes do século XIX, notadamente nos Estados Unidos da América que constrói um estilo de vida conhecido como American way of life- a sociedade americana vive uma onda de euforia com grande aquisição de automóveis, rádios e eletrodomésticos. Configura-se o estilo de vida consumista, com um clima crescente de prosperidade, embora 21% da população vivesse em condições de pobreza.


Os loucos anos 1920- era um período em que se cultivava o gosto pela moda, pela música e pelo espetáculo.  Os benefícios da sociedade de consumo, associou-se a busca do prazer e da evasão e intensificou-se a vida noturna. As novas bebidas (coktail), as novas músicas (sobretudo o jazz) e as novas danças (Charleston, walk, swing, e rumba), passaram a animar a vida noturna. Automóveis, corridas de cavalo e outros desportos (como o futebol), constituíam outros divertimentos que envolviam grandes massas.


O rápido desenvolvimento dos meios de transporte (comboio, automóvel, avião) e dos meios de comunicação (rádio, telégrafo, telefone) acelerou o cotidiano das pessoas, favorecendo uma maior mobilidade espacial e do ritmo de vida. A moda de viajar entrou nos hábitos e nos prazeres das classes médias, com o aumento do turismo: quer no interior dos próprios países, quer para países estrangeiros.


A década da novidade trouxe inúmeras inovações no mundo da moda esta se tornou funcional: o comprimento das saias e dos vestidos encurtou-se logo abaixo dos joelhos. Os maiores estilistas do decênio foram: Chanel, Madame Paquin, Jeane Lavin. No final dos anos 1920 houve a popularização do cinema, o que influenciou drasticamente a moda nas ruas. Os teatros, os cinemas, os clubes noturnos e outras salas de espetáculo tornaram-se locais habitualmente frequentados. Nascem os primeiros estúdios de Hollywood.  E as influências que chegam até os nossos dias.


quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O BRILHANTISMO DE OSCAR WILDE





            Esses dias resolvi retomar meus estudos da língua inglesa e nada melhor para começar do que uma edição bilíngue do magistral Retrato de Dorian Gray. No texto Wilde registra a corrupção de um sociedade, de uma personalidade do ser humano, conjunto de elementos complexos como os formadores do universo, onde os deuses abrem as portas e somos obrigados a percorrer caminhos sinuosos para fazer as nossas escolhas que são inerentes a nossa vida.


            Não sabemos qual a linha tênue que separa uma armadilha dos deuses, ou a fraqueza de nossa própria natureza. Vivemos em uma sociedade onde as máscaras da tragédia e da comédia são um parâmetro para o vislumbre da ambiguidade em que se encontra o ser humano, pensamos que sabemos tudo, mas nas palavras do próprio Wilde só não aprendemos o que vale a pena saber.


            O livro mostra que o palco em que nos encontramos já se encontra iluminado para o maior de todos os espetáculos, a vida. O que é a arte senão aquilo que a vida tenta ser e não consegue. O que é explicitado é a verdade por traz do manto, em que no jovem Dorian Gray encontra-se em um forte veneno que mata e corrói, configurando-se este como um personagem arquétipo do mal.


            Dorian é o retrato exacerbado de um hedonista, que na verdade somos em maior ou menor escala todos nós. Ele é dual assim como nós, assim como a fina linha que separa a sanidade da loucura. Dessa forma,  podemos dizer que cada um de modo bem particular tem dentro de si o céu e o inferno e é essa a mensagem que o livro nos transmite. 

quarta-feira, 31 de julho de 2013

TRÊS MULHERES FORTES: IMPRESSÕES DA LEITURA





Ao ler o livro três mulheres fortes da francesa Marie Nadaiye o que se sente é um sensação de desconforto que só os grandes livros trazem. O livro ganhou importância a ponto da autora ganhar o mais importante premio da literatura francesa.


De inicio o que chama atenção é a escrita bem elaborada de Marie que nos conduz cinematograficamente para dentro da história e essa é uma característica dos grandes escritores. O livro narra três histórias que se cruzam, mas que conseguem se manter sozinhas.


A primeira é a de Norah, que chega de viagem para algum lugar distante para visitar o seu pai. O encontro proporciona uma sensação de desconforto e estranhamento  o que é a base da relação de ambos. A descrição do local e da fragilidade das relações é tão intensa que demostra o silencio e a magoa entre ambos. A pergunta que ela se faz é por que estou depois de tanto tempo.


A segunda história começa de uma forma diferente trata-se de Rudy Descas um homem que é ressentido com a mulher e que tem dificuldades de enfrentar os seus maiores medos. Ele é uma figura insegura, medíocre e covarde, mas mesmo assim parece ainda amar a esposa apesar de não entender o que ela faz por ele.


A terceira história Kandy Demba que acabou de perder o marido e será despejada da casa de sua família. O questionamento é saber que o marido era um bom homem mas agora como seguir em frente numa situação sem esperança.


Apesar dos sofrimentos dos personagens, e das situações terríveis em que vivem a autora mantem um certo distanciamento deles e parece só assistir tudo de longe. O que impressiona é o nível de humanidade dos personagens, com seus defeitos e mesquinharias, com uma mistura de tudo isso, tão próximo de todos nós. Dai se tratar de um grande livro. 

segunda-feira, 29 de julho de 2013

EXISTE A PESSOA IDEAL?





Hoje lembrei-me de uma tia que passou a vida inteira escolhendo uma pessoa com quem pudesse viver um amor. Colocava defeitos das mais diversas naturezas que iam da cor da roupa que a pessoa usava ao corte de cabelo, resultado: continua sozinha só que agora desistiu de procurar alguém e vive a vida só. Assim, fico pensando porque pessoas que são bem sucedidas no trabalho, são felizes consigo mesmas tem uma vida amorosa fracassada?

De antemão asseguro que não acredito que exista o par perfeito, existem pessoas que têm mais predisposição para darem certo, como por exemplo, pares exploradores com os seus iguais assim como construtores com os seus. A relação é mais fácil entre pares semelhantes.


Acredito que idealizações excessivas podem fazer mal a quem não encontrou o seu par. O preciosismo dessas resistências pré-concebidas atrapalham a relação e chegam a ser bizarras como as idealizações que eram feitas pela minha tia. A receita para o sucesso é que não há necessidade de cobrir a nossa lista de carências ou exigências. O importante mesmo é se questionar com o que eu tenho que oferecer ao meu parceiro.


Um coisa é certa amar é sempre uma escolha e os pares não precisam ser iguais em termos de responsabilidade, temperamento, personalidade e ritmo. O mais importante é que tenham objetivos em comum, olhem para a mesma direção. E o que é o sucesso do amor? O sucesso do amor é quando ele proporciona uma maneira cotidiana de aprender sobre si mesma, ou seja, é você continuar mantendo a sua individualidade e personalidade. Já que aprender a amar faz parte do caminho do nosso aprendizado aqui na terra.